30/04/08

Cuide da sua saúde. Seja mau !

Há uns 15 anos atrás, uns amigos apresentaram-me um senhor de 87 anos, muito simpático e com bastante senso de humor. De tal modo que quando lhe perguntamos a que se devia a sua longevidade, o senhor respondeu que se devia a: Alimentação saudável, caminhar uma hora por dia e ... ser mau!

Todos rimos da piada, mas nenhum de nós lhe pediu que explicasse o benefício de ser mau. Não quisemos mostrar ignorância. E quando, mais tarde perguntei aos meus amigos, eles responderam: -Ele é um brincalhão!

Ser mau? Durante alguns dias aquilo ficou na minha memória. Porquê ser mau aumentará a probabilidade de viver mais tempo?

Até que descobri ! E talvez muitos já tivessem reparado, mas eu não. É que quando morre uma pessoa, os parentes, os amigos e os conhecidos dizem sempre: - Foi uma pena. Ele era tão boa pessoa, sempre pronto a ajudar!

É muito raro que alguém diga mal do falecido. Pelo menos em público. Ora o tal senhor (brincalhão), que já tinha reparado nisso, ironicamente formulara uma teoria: Se os falecidos são sempre boas pessoas, então ser mau é saudável!

Portanto se você ainda não tinha pensado nisso, agora já sabe: Ser bom é prejudicial à saúde.Se quer viver muitos anos, seja mau.

José


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21/04/08

Eu mordo-me de inveja.

Certamente você já reparou naquele tipo de pessoa com quem nos cruzamos diariamente, que anda na rua em passo lento, como se tivesse todo o tempo do mundo por sua conta e com ar de quem quer dizer: Eu sou o máximo!

Caminha com os braços arqueados e afastados do corpo, tal como o cow-boy dos filmes, nos duelos, prontos a sacar das pistolas.

Não sei porquê, mas nunca traz nada nas mãos,penso que é para não estragar a figura, só o vejo com um saco pendurado no ombro quando vai para o ginásio.

Está sempre fazendo pose, como se soubesse que a qualquer momento vai ser fotografado. Aparentemente não tem nada para fazer. Não gosta de ler e apenas cuida de manter os músculos.

Acorda entre o meio dia e as 14 horas, almoça sempre no mesmo local, onde, por ser cliente habitual, tem um bom desconto na refeição. Dali segue para o mesmo sítio de todos os dias, para um bate-papo com os amigos. Ao fim da tarde vai até o ginásio.

Não sei o que faz à noite, mas deve recolher ao seu quarto bastante tarde, tendo em vista as horas a que se levanta.

Imagino que a vida lhe corre de feição, porque se nota que é uma pessoa contente consigo mesmo. E aquela tranquilidade olímpica, só é explicável por uma ausência de preocupações.

Ao menos que haja alguém tranquilo no meio da azáfama da cidade.È que parece estar sempre de férias.
Pois é, mas eu mordo-me de inveja. :)

José


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06/04/08

Como fugir destas pessoas.

Todos temos um amigo que pertence ao tipo de pessoa que quando encontramos na rua, cumprimentamos: - Então, tudo bem? Ele, invariavelmente torce o nariz e responde: - Nem por isso. Ou então: - Já andei melhor. Ou ainda:- Mais ou menos. Ou mesmo: - Assim assim. E começa a contar a história dos problemas de saúde que tem tido nestes últimos meses.

Dez minutos depois ainda continua desfiando "desgraças", que afinal são problemas que toda a gente tem. Mas os dele são sempre piores. Eu detesto este tipo de pessoa porque ele seca o nosso optimismo.

Nós quando o encontramos, até ficamos contentes. Há tanto tempo que o não via! Mas quinze minutos depois, eu pelo menos, já não aguento mais. Eu chamo a essas pessoas os "pessimistas militantes", a vida deles nunca vai bem.

Imagine que eu até já experimentei várias vezes cumprimentar assim: -Você está com óptimo aspecto!
Pensa que isso muda a maneira dele? Pois já me responderam: É, o aspecto até nem está mau,mas isto é só fachada, o pior é o que eu sinto cá dentro. E lá vai a história das preocupações dele. E mais quinze minutos da minha impaciência.

Mas repare que estes encontros não são tão raros assim! Eu sei que eles devem ficar mais aliviados. Mas que eu fico pior, lá isso fico. E a conversa que poderia ter sido agradável, não chega a acontecer.Porque logo que ele pára para respirar, encontro maneira de me despedir.

Afinal o que se há-de fazer, para evitar que estas pessoas sequem a nossa boa disposição?

José


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