26/04/07

Recordar um amigo

Hoje, dei por mim a recordar um colega, com o qual compartilhei durante algum tempo um escritório. Bom rapaz, de uma grande timidez, que deixava muitas vezes recados para eu comprar, papel de desenho, tinta, telefonar a alguém, mais isto e mais aquilo. Eu, conforme podia, lá ia dando satisfação a alguns destes pedidos.

Exagerou quando uma tarde em que nos encontramos no escritório, (coisa rara, pois tínhamos horários desencontrados), e nessa ocasião confidenciou-me que se sentia muito só e precisava encontrar uma namorada. E mais uma vez me pediu para o ajudar.
O certo é que me saí bem nessa missão. Pouco tempo depois apresentei-lhe uma jovem de boa família, com a vida estabilizada e solteira. Feita a apresentação,logo apaixonou-se. Mas em vez de marcar um encontro com a jovem,preferiu escrever-lhe uma carta, que antes de a enviar, achou por bem mostrar-me. Na carta dizia o que lhe ia na alma, mas de forma tão desajeitada, que duvidei do sucesso.

Entretanto deixamos de nos ver, pois nessa altura eu já estava num escritório só meu, mas fui tendo notícias do namoro,sempre que Manuel António (nome fictício)tinha angústias e dúvidas que não podia suportar, telefonava-me. Mais de um ano passou, quando me telefonou dizendo que ia casar com a jovem,e eu iria ser o padrinho.

E assim foi. Casaram, fui o padrinho e felizmente resultou bem. Foram felizes,julgo que durante 23 anos, isto é, até ao fim da vida dele. Faleceu há alguns anos, deixando a mulher e dois filhos, com a vida estabilizada..

Hoje ao recordar, senti-me de bem comigo mesmo. Entendo que ser amigo é saber ouvir e se possível ajudar alguém a ultrapassar o seu problema. Julgo que foi o que fiz.

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19/04/07

Futebol doloroso

Futebol
Quando na qualidade de telespectador, vejo um jogo de futebol, fico com imensa pena dos jogadores pelo sofrimento a que eles estão sujeitos. Jogada sim, jogada não, lá estão eles contorcendo-se na relva, com imensas dores. Deve doer mesmo muito, pois ouvem-se os berros a grande distância. Os colegas de equipa, talvez, numa demonstração de solidariedade, fazem gestos frenéticos, pedindo cartão amarelo, ou vermelho, para o causador daquela tragédia.
Felizmente, salvo algumas excepções, há pelo menos dois procedimentos que quase sempre produzem excelentes resultados: um, é quando o árbitro mostra um cartão amarelo, ou vermelho ao adversário. O outro, é aquele milagroso "spray". Estas duas actuações, costumam ser muito eficientes.
Em comparação com o futebol feminino de alta competição, que diferença! Raramente se vê as mesmas situações. As atletas caiem, levantam, e o jogo continua. Não tenho dúvidas, que a mulher tem muita resistência à dor.
Quanto aos futebolistas masculinos, tenho imensa pena deles.
Sofrem tanto! Mas admiro-os, pois sabendo da dureza da profissão, não tiveram dúvidas em escolhê-la.
J.P.

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03/04/07

Casamento complicado ou talvez não.

Notícia no Etcetera, do Jornal de Notícias.

O homem mais alto do mundo, um chinês, com 56 anos e 2,36 m de altura, casou-se com uma jovem de 28 anos e 1.68m.
As diferenças são consideráveis, 68 cm no que se refere à altura e 28 anos no que diz respeito á idade.
Fiquei a pensar neste casal. Como vão resolver os problemas que inevitavelmente surgirão?
Quando penso na mobília fico com curiosidade de saber, como vai ser a mesa de refeições, será à medida da jovem? Se assim acontecer consiguirá ele meter as pernas sob a mesa? E se for à medida dele? Terá ela que sentar numa cadeira alta?
E o guarda-roupa, talvez um para cada. E a cama, terá que ter um comprimento de cerca de 2,40m. E o sexo, complicado, não será?
Certamente eles terão pensado em todos estes pormenores. Acabei por resolver as minhas dúvidas, ao lembrar que o amor tudo resolve. Nesta, como em outras circunstâncias, haja amor, que o resto passa para segundo plano. Mesmo que o conhecimento tenha sido por anúncio num jornal, e o casamento levado a efeito dois ou três meses depois, acredito que tenha havido tempo para pensar nestes probleminhas. Mas que não deixa de ser curioso, lá isso não !

JP

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